Este amplificador que acabou de sair do forno está a venda.
Ele é de certa forma parecido com um Marshall Plexi (modelo 1987x), com 50 Watts de potencia. Tem 4 entradas, "jumpeaveis" para permitir o acesso aos dois canais (bright e normal) ao mesmo tempo. No máximo, rende algo em torno de 50 Watts com as suas 2 x EL34. A montagem é em "turret board", potenciometros Alpha, knobs réplica de Marshall Silver Jubilee, retificação por diodos, capacitores de poliester metalizado para o sinal, eletrolíticos axiais para o B+. Chassis de aço com corte a laser, gabinete em compensado de 15mm, acabamento em couro sintético, ferragens padrão Penn Elcom. Há alguns componentes superdimensionados e outros com redundância, para aumento da segurança. Os transformadores foram feitos sob encomeda de acordo com as minhas especificações. As válvulas são JJ Tesla. Possui duas saídas ligadas em paralelo com impedância selecionavel de 8 ou 16 Ohms.
Há algumas diferenças de um Plexi 1987 padrão.
A primeira é a presença de um controle de Master Volume após a válvula inversora, o que permite obter a distorção deste estágio em baixos volumes. Isto é feito através de um potenciometro duplo apropriadamente colocado no circuito.
A segunda diferença é a presença de um loop valvulado controlado por chave, com controle de nivel de send e return. Esta parte não está demonstrada no vídeo abaixo, mas pode-se ver este nas fotos. O loop foi projetado para que seja possível recuperar o sinal proveniente de um pedal, mas dependendo do pedal utilizado e do seu nivel de saída pode-se perder um pouco de volume total. Internamente os jacks do loop são conectados para que, não havendo plugs conectados, o loop nao interrompa o sinal. Isto também permite a redução do nivel do sinal que chega ao estágio inversor, evitando se desejado a sua distorção. Por conta deste loop, existe uma válvula adicional, no caso uma 12AU7.
A terceira e principal diferença é o controle de potência. Isto é feito através de um knob (rotulado de "W", de Watts), que altera a alimentação do estágio de potência. Desta forma é possível saturar o estágio de potência a baixos volumes (como mostrado no vídeo). Uma vantagem indireta deste método é que as válvulas de potência são poupadas também, aumentando a expectativa de vida útil das mesmas. Por conta deste controle é que existe aquele dissipador enorme, que foi dimensionado para causar o mínimo de aquecimento. Em baixos níveis há também um sag maior, que não é esperado com retificaçao por diodos. Este método também possui algumas desvantagens. Em baixos níveis, as válvulas operam com pouquíssima voltagem e o som pode ficar ruim, dependendo dos outros ajustes do amplificador. Além disso, o som pode ficar com um fuzz ou hiss de altas frequências. Por conta disso um dos capacitores do circuito é maior do que em relação ao projeto original de um Plexi, o que pode fazer com que o som seja mais fechado do que o habitual, dependendo dos controles. Entretanto, o controle de potência é vantajoso por permitir a obtenção de timbres que só seriam possíveis em altos volumes, sem incomodar os vizinhos.
Deixando o controle de potência e o Master Volume no máximo e a chave do loop desligado, tem-se algo muitissimo próximo de um Plexi padrão, com necessidade de altos volumes para distorção.
O vídeo abaixo mostra um pouco do que este amplificador é capaz de fazer. Aproveito também para mostrar um pouco de uma guitarra Telecaster customizada.
O valor de venda é 2600 reais, com frete incluso, pelo cabeçote. Em menos de 2 meses outro amplificador destes (Plexi) deve ficar pronto, com as mesmas características.
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